Este blog é uma REVISTA ELETRÔNICA QUINZENAL para a turma dos "ANOS DOURADOS" relembrar e matar saudades da infância e adolescência. E, também (porque não?), para os MAIS NOVOS conhecerem coisas da época e o que se passava naqueles tempos.
FOTOS dos símbolos e ícones dos ANOS 50/60 (e dos 40/70), tiradas da WEB e reunidas num só lugar, com algumas informações do PASSADO.
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Livro de 1960. Parece que, como hoje, esse assunto já rendia "bons frutos" há 50 anos atrás. Só que os "gordinhos" daquela época não recebiam tamanha carga de informações como os de agora. (amplie para ler parte do texto da capa).
Eles continham resumos e ilustrações referentes aos assuntos das matérias lecionadas no cursoprimário dos anos 50 e 60(início). Sua utilização era autorizada pela Secretaria da Educação e os professores (boa parte) do 2º ao 4º "ano" pediam para que os alunos os comprassem. O fato de que nem todos fizessem isso não era problema, pois a matéria da aula era posta na lousa, para que fosse copiada (por todos) no "caderno de ponto". Esses livretos traziam perguntas a respeito do texto (que, naquela época, era chamado de "ponto") e outros exercícios. Seu uso era bom para os alunos e ótimo para os mestres.
Anos 50 e 60. Diversas revistas, inclusive no Brasil, traziam desenhos de roupas e bonecas para recortar e vestir. Um delas, certamente, caiu nas mãos das senhoras de hoje, que se divertiam brincando com as bonequinhas (de papel grosso/papelão) e suas roupas, quando meninas. Abaixo: gibi "LILI" (nacional, de 1966), que trazia esses encartes, e páginas de revista americana dos anos 50.
Abaixo, diversas fotos de "Radiopatrulhas"dos anos 60. Atentar para o famoso "camburão" (que era Ford ou GM). As demais fotos (fusquinhas) são das bem lembradas viaturas apelidadas de "baratinhas". Claro, os tempos são outros e os carros policiais também. Naquela época, basicamente o único equipamento que tinham era um aparelho de rádio para contato com a Central. Hoje devem ter algo mais para a "guerra" nas ruas. A foto do "camburão" foi gentilmente cedida pelo Sr. Flavio Gomes.
Omar Cardoso (o mais famoso astrólogo do Brasil) produzia e apresentava o Programa "Bom Dia Mesmo" na Rádio Bandeirantes e que era retransmitido por centenas de outras emissoras em todo o país. Em todos os dias do início dos anos 60, às 9 horas da manhã, lá estava ele comentando horóscopo que fazia, respondendo cartas de ouvintes e dando conselhos. Sempre otimista e alegre fazia um programa vibrante, interessante e de alto-astral. Entrava no ar com a saudação "bom dia, mas bom dia mesmo" com sua voz grossa e forte. Naquela época não se usava essa expressão, mas podemos dizer que seu programa era de "auto-ajuda". Além do rádio, Omar fazia horóscopo para dezenas de jornais e um livreto anual que vendia "que nem água". Mesmo errando espetacularmente em algumas "previsões" de grande alcance popular, nos anos 60 (seu auge), nunca perdeu o interesse do povo. Faleceu em 1978, com 57 nos.
Gibi nacional de 1957. Um guerreiro medieval volta das batalhas e encontra toda a sua família assassinada por bandidos. Jura passar sua vida combatendo o mal. Essa missão é passada de pai para filho por muitas gerações. Por estar sempre mascarado todos pensam que ele é centenário, tratando-se da mesma pessoa. EPA! Isso não é o que aconteceu com outro herói, o "Fantasma"? É, sim! Ambos têm essa história. Mas, a rapaziada não estava preocupada com isso!
Simonal não foi só um cantor. Foi o maior "show man" que o Brasil já teve, em quase toda a década de 60. Sua voz e carisma o tornavam único. Não era da Jovem Guarda, da MPB ou outro estilo qualquer. Ele era ele. Onde se apresentava, tinha o público nas mãos. Fosse num auditório de TV ou num "Maracanãzinho" lotado (em 1969) quando "regeu", por duas horas, 30 mil pessoas e,com sua ginga, transformou aquela platéia no "maior coral do mundo". Com seu "suingue", fez de músicas antigas (como "Meu Limão, Meu Limoeiro" e "Está Chegando a Hora") sucesso estrondoso. Seu jeito especial e inovador de interpretar ficou conhecido como "Pilantragem". Alguns de seus sucessos antológicos:"Balanço Zona Sul", "Nanã", "Lobo Bobo", "Marina", "Fica Mal com Deus", "Mamãe Passou Açúcar em Mim", "Tributo a Martin Luther King", "Vesti Azul", "Zazueira", "Mustang Cor de Sangue" "País Tropical", ...
No ínicio dos anos 70 cometeu o 1º maior erro de sua vida: pediu para amigos policiais darem uma "prensa" em um seu ex-contador, para conseguir a confissão de que o roubava. Eles foram eficientes: prenderam e torturaram. Detalhe: os policiais eram do "DOPS" (de triste fama na época, uma vez que era usado como serviço de repressão aos inimigos do regime militar). Aí veio o 2º grande e fatal erro: para contar vantagem e sair-se bem no processo a que respondeu por essa ocorrência (em que foi condenado, posteriormente) declarou que "era amigo dos homens". Isso foi amplamente divulgado e a coisa descambou. Ser "dedo-duro" dos militares era o que de pior uma pessoa podia fazer naqueles tempos. Sofreu campanha virulenta, principalmente, do jornal "O Pasquim". Foi abandonado pelas gravadoras, artistas, rádio, TV, etc. Não era convidado para se apresentar em mais nada. Viveu, por duas décadas, no mais absoluto ostracismo artístico. Nunca ficou comprovada essa sua ligação (que sempre negava) com os porões da ditadura. Nos anos 90 tentou voltar mas, debilitado, não era nem sombra do grande Simonal. Morreu no ano 2.000 praticamente esquecido.
Disco de 1964:
Disco de 1965:
Disco de 1967:
Clique na telinha para ouvir o sucessão "Tributo a Martin Luther King", gravado em 1967:
Por esses anúncios de 1943, dá para se conhecer alguns modelos de sapatos femininos que usavam as americanas daqueles tempos. Com certeza, logo depois, esses tipos foram "adotados" pelas brasileiras, também. Parecem "pesadões", não?
"Jovem Guarda". Em 22.08.65 foi ao ar o primeiro programa, pela TV Record. Era comandado por Roberto Carlos, secundado por Erasmo Carlos e Wanderleia. Foi um marco na TV brasileira pela audiência que alcançava e força que tinha no lançamento de cantores de música jovem da época (chamada iê-iê-iê). Não era só um programa. Representava um estilo musical inédito baseado no "rock-and-roll" americano. O sucesso foi tanto que expoentes da MPB (Elis Regina, Jair Rodrigues, Edu Lobo, Gilberto Gil e outros), em vão, fizeram movimento contra o programa e o tipo de música que ele difundia (e que estava revolucionando o país, usando guitarra elétricas). Em janeiro de 1968 Roberto deixa o programa, que continua no ar por mais um tempo com Erasmo e Wanderleia. O início de 1969 marcou seu final definitivo. Na foto abaixo (do 1º programa) dá para identificar a maioria dos artistas. Vamostentar?
Revista de 1957. Ela era muito querida nos anos 50 e 60. Junto com "Capricho", "Ilusão" e algumas outras, esta revista desempenhava papel importante na difusão de conhecimentos de interesse das mulheres (não se restringindo somente as tão apreciadas fotonovelas). Esta capa não poderia indicar uma reportagem sobre obesidade? ou boas maneiras? (pelo jeito da moça olhar o bocado gigante e a quantidade de comida no prato).
Primeira goma de mascar feita no Brasil. Começou a ser produzida em 1944, nos sabores hortelã (caixa amarela) e tutti-fruti (caixa rosa). Não fazia bola. Desde o início (principalmente nos anos 50) emplacou no gosto da "turma", pois mascar chicletes era coisa "moderna". Houve tempo em que chegou a circular como moeda, sendo dado de troco nos bares, pela sua grande aceitação. Os dentistas "desciam a lenha" no hábito de mascar chicletes pois a goma era nociva ao esmalte dos dentes. Remota lembrança traz a imagem de uma caixa revestida de papel fino transparente em que se via, pelo buraco existente na letra "C", as pastilhas dentro. Hoje, são desenhadas no mesmo lugar. Será apenas impressão ?
Anúncio dos anos 40:(Atentar para a mensagem do rodapé, ensinando a pronúncia).
Encerraram-se ontem os "Jogos Olímpicos do México-1968". Pela primeira vez esse importante evento esportivo mundial teve como sede um país da America Latina. Com uma delegação de mais de 80 atletas, o Brasil ganhou apenas 3 medalhas: 1 de prata (salto triplo - Nelson Prudêncio ) e 2 de bronze (Vela - Reinald Conrad e Bukhard Cordes e Boxe - Servílio de Oliveira). No ranking geral de medalhas ficamos com o 35º lugar. O futebol brasileiro honrou a tradição de nunca ter conquistado uma medalha de ouro em Jogos Olímpicos. Pior: não ganhou medalha nenhuma, terminando como 10º colocado. Em 28.10.1968. (Outras notícias já publicadas aqui, aqui eaqui.)
Revista de 1969. Atenção para as chamadas de capa. Quem tiver um exemplar desse, poderia desvendar os dois mistérios (estamos aguardando ansiosamente) :
a) Por que será que o cantor Paulo Sérgio, na época, não podia amar?
b) Ronnie Von conseguiu provar que era normal? Como fez isso?
Era um calçado popular feito de lona (pano parecido com os "jeans" atuais) e sola de corda (cizal), fabricado por Sao Paulo Alpargatas desde os primeiros anos do século passado. Existia nas cores azul, marrom e vermelho. Contrariando a propaganda, estava longe de ser confortável, mas fazia muito sucesso (principalmente no interior do país) nos anos 30 a 50 pelo seu preço barato. Nos anos 60 ainda era usada para trabalho na lavoura. Era quase impossível não encontrá-la nos armazéns e vendinhas da época. Em cada região tinha apelidos diferentes, carinhosos e esquisitos: "enxuga-poça"(encharcava-se todo, em contato com a água); "pé decachorro"(?); "chinelo-de-ladrão"(silencioso, ao andar); "precata" e "pergata" (pronúncia popular do nome); etc. Em muitas famílias daquele tempo era a opção para a criançada ir à escola com os pés calçados. No final dos anos 50 a empresa lançou outro calçado também de preço popular: "Sete Vidas"(aqui). Nesse, a parte superior continuava de lona, mas a sola não era mais de corda e sim de borracha (precursor do tênis "Conga" ?). Foi uma grande melhoria.
Anúncio de 1959
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