terça-feira, 30 de novembro de 2010

ESTANTE DE LIVROS - Monteiro Lobato

Mais dois livros de Lobato para nossa estante. Um para crianças e outro para adultos:


"AS CAÇADAS DE PEDRINHO"


Literatura infantil. Pedrinho é um menino que participa das histórias do Sítio do Picapau Amarelo. Seus principais companheiros de aventuras são: uma boneca, um sabugo de milho, um porquinho, um burro, um rinoceronte, uma bruxa e um saci. Além, é claro, dos humanos Narizinho (prima), Dona Benta (avó), Tia Anastácia (cozinheira do sítio) e Tio Barnabé (o caipira).


Edição de 1958


Neste livro, escrito em 1933, ele sai em expedição (com Narizinho, Emília, Marquês de Rabicó e Visconde de Sabugosa) para caçar uma onça-pintada avistada nas matas perto do Sítio.
Os valorosos, destemidos e valentes (caramba!) caçadores vão viver momentos de  grande tensão nessa empreitada "mortal".
E pensar que tudo começou quando Rabicó (o porquinho) volta apavorado da mata e conta a Pedrinho que "quase" viu uma onça. Ouviu um miado estranho e viu rastros esquisitos. "Só podia ser uma onça!"



EDIÇÃO DE 1933
EDIÇÃO DE 1957


















 NOTA: 
Esse início dá uma idéia de como a história é: deliciosa e divertida. Sem contar que é absolutamente inofensiva sob qualquer ponto de vista (de ecologia, de cidadania, etc).
Mas, para os membros do Conselho Nacional de Educação a obra tem forte conteúdo racista. Dias atrás recomendaram  ao Ministério da Educação o seu banimento nas escolas públicas do país (que, felizmente, não foi acatado)!


"CIDADES MORTAS"


Literatura adulta. Matéria publicada inicialmente em 1919 (na revistra "Revista Brasil") e incluído neste livro (de crônicas e contos), que é o segundo de Lobato.


Edição de 1956


Retrata o cotidiano das cidades do Vale do Paraíba, que entraram em decadência quando a cultura do café (responsável pelo desenvolvimento da região) fracassou


 Edição de 1948

 
O escritor é um crítico severo: não perdoa a falta de empenho na modernização das cidades. Isso teria evitado o colapso econômico-financeiro delas.
Para ele, a região (onde nasceu e viveu boa parte da vida) "tudo foi e nada é". Formada por "cidades moribundas a chorar as grandezas de dantes". "Nelas não se conjugam o verbo no presente. Tudo no pretérito".
O Vale do Paraíba fica no interior do Estado de São Paulo, cruzado pela Via Dutra.


Aqui e aqui outros livros da estante.










IMAGENS - Brinquedo americano

Brinquedos dos anos 50. Chegaram por estas bandas na mesma época. Fizeram a alegria de muitas mães e avós de hoje.



























Mais brinquedo aqui, aqui e aqui.

FATOS - Programa de TV: "Rota 66"

"Route 66" era o nome da mais famosa estrada federal dos Estados Unidos, até parte dos anos 60. Tinha quase 4.000 km de extensão. Construída nos anos 20, totalmente pavimentada (o que não era corriqueiro), chegou a ser a principal ligação entre as duas costas americanas.
 
Passava por muitas cidades e foi responsável pelo nascimento de muitos povoados no interior do país. Teve seu auge nos anos 50 e a decadência no final dos 60, quando começou a ter trechos substituídos por modernas auto-estradas. Nos anos 70 já estava praticamente abandonada (mas servindo como rota  de viagens turísticas).


Em 1960 a TV americana teve uma brilhante idéia: fazer uma série semanal com aventuras ao longo dessa estrada e com o nome dela.
Foi um enorme sucesso e durou até 1964, com 4 temporadas e mais de 100 episódios.




Dois amigos, numa CORVETTE CONVERSÍVEL, saem pela rodovia à cata de emoções.
Cada episódio apresentava uma história na cidade em que paravam. Se envolviam em tudo quanto era tipo de conflitos. Não era para crianças (mostrava os mais diversos dramas), mas elas estavam sempre "marcando ponto" na sala, na hora da exibição.




Personagens fixos, só os dois vividos pelos atores George Maharis e Martin Milner (o loiro). Em cada lugar um elenco e tema novos. O filme começava com eles chegando na cidadezinha (nas margens da estrada) e terminava com eles voltando à Route 66 rumo ao "infinito".

Os dois atores em capa de revista de 1965


Estreou no Brasil em 1962. Foi reapresentado ao longo do tempo por diversas emissoras.

Clique na telinha abaixo para ouvir a famosa música-tema e recordar os três protagonistas (George, Martin e o Corvette!)







Mais programas de TV: (a)     (b)     (c)     (d)     (e)     (f)     (g)

FATOS - Parada de Sucessos

Mais sucessos de 1960:

  • "Negue" (Carlos Alberto)

  • "Pillow Talk" (Doris Day)

  • "Tu És Meu Castigo" (Agnaldo Rayol)

  • "The Green Leaves of Summer" (The Brothers Four) = Bonita (e um tantinho triste) música do filme "O ÁLAMO", que chegou a ser indicada para o OSCAR (1960)  de melhor canção. Clique na telinha para ouví-la.


Ouça outros sucessos aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

IMAGENS - Disco: Ronnie Von

Em 1966 (com 22 anos) estourou na Jovem Guarda com a música "Meu Bem" ("Girl", de Lennon e McCartney).
De família classe média alta (pois é, antigamente as classes tinham subdivisões), Ronnie participava de programas de calouro (sempre cantando músicas do Beatles) por desejo de seguir carreira artística. Não teria dificuldades em colocar-se na vida empresarial ou em qualquer outra atividade profissional.

Disco de 1966


Nesse mesmo ano entrou para o rol de apresentadores de programa de TV: comandou, na TV Record, "O Pequeno Mundo de Ronnie Von". Diziam, na época, que o já "rei" Roberto Carlos (com programa na mesma emissora) não gostou nada da ascensão do "príncipe".


Disco de 1966


Em 1967 gravou "A Praça" (de Carlos Imperial), que foi um estupendo sucesso! Apesar de sua quilométrica letra, ela era cantada por todo mundo, em todo lugar. Foi uma verdadeira "febre" que contaminou os jovens de 8 a 80 anos.
Ronnie Von continua no batente (agora sessentão).


 Disco de 1967


No final dos anos 60 enveredou por outros caminhos musicais e não mais repetiu os êxitos anteriores. Deixou a música romântica, que era seu forte.
Gravou inúmeras composições (entre versões e nacionais). Além das duas já citadas, destacamos: You've Got ToHide..., Escuta Meu Amor, Pequeno Príncipe, A Catedral, Meu Mundo Azul, Menina de Trança.

Disco de 1969


Clique na telinha para ouvir "A Praça" e rever esse galã que era um dos ídolos da juventude da época:




Outros discos aqui, aqui, aqui e aqui

IMAGENS - Gibis americanos de crime

Mais daqueles gibis sanguinolentos que os adultos americanos liam (e a gurizada também) nos anos 40 e 50.



FATOS - Notícias da Época - Crise de Cuba (Em 30 de outubro de 1962)

"ALÍVIO: URSS RETIRA OS FOGUETES DE CUBA"


Terminou ontem um dos mais importantes e perigosos episódios de confrontação envolvendo as duas superpotências mundiais EUA e URSS, que poderia ter levado à deflagração da 3ª Guerra Mundial: a crise dos mísseis de Cuba.
Mensagens trocadas entre Kennedy e Kruschev selaram o acordo.




No último dia 14 avião espião americano fotografou plataformas de lançamento e mísseis soviéticos em Cuba.






Dias depois os Estados Unidos consideraram esse fato como ato de guerra e a população foi alertada para possível ataque russo de proporção arrazadora.
Ao mesmo tempo, o governo anuncia o bloqueio naval à ilha (para impedir o desembarque de nova remessa de equipamento militar que estava a caminho) e a exigência da  retirada dos mísseis já instalados.


 


Mas, a frota russa continuava aproximando-se! O enfrentamento das duas Marinhas era iminente! Os dois países estavam à beira de um conflito nuclear! A ONU intermediava as intensíssimas negociações.Os dias avançavam e as embarcaçõe soviéticas também.
Até que, no dia de ontem, os dois  mandatários chegaram a um acordo para evitar a confrontação: o regresso dos navios russos (antes da zona de bloqueio), o desmantelamento das plataformas e retirada os mísseis das bases cubanas. Aos americanos coube: o compromisso de não invasão da ilha (como tentaram em abril do ano passado, na fracassada operação chamada "Invasão da Baía dos Porcos") e o término do bloqueio.
Estudiosos da relação russo-americana acham que Kennedy cedeu mais do que foi divulgado. Acreditam que Kruschev aproveitaria para sair em vantagem, incluindo outros aspectos (ainda não tornados públicos) nas conversações.



Mais notícias aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.



IMAGENS - Velharia: Maço de Cigarro - X ("Luiz XV")

Outra marca que "embelezava" a coleção da garotada (que "vivia" catando nas ruas).
Ver anúncio desse cigarro aqui.


IMAGENS - Anúncio: Edifício "COPAN"

Em 1951 um prédio foi projetado para representar a modernidade e pujança da cidade de S.Paulo. Era o EDIFÍCIO COPAN. Moderno, luxuoso e majestoso complexo hoteleiro na área central (Av. Ipiranga) com teatro, cinemas, restaurantes, dezenas de lojas, garagem subterrânea, etc. O orgulho (compreensível) é mostrado por frases ufanistas dos anúncios abaixo (de 1952): "Rockefeller Center de São Paulo", "obra do século" e "atração mundial".








Seria o símbolo da arquitetura moderna brasileira e um cartão postal da Capital. O arquiteto idealizador chamava-se Oscar Niemeyer e sua entrega faria parte do calendário de comemorações do IV Centenário, em 1954.






A construção, que começou em 1952, sofreu muitas atribulações: obra paralisada diversas vezes, destinação original alterada (que levou Niemeyer a afastar-se do empreendimento, como protesto), falência do banco investidor e outras vicissitudes.





Assim, a inauguração programada paras as festividades de 1954 foi por água abaixo. A conclusão definitiva só veio a ocorrer na metade dos anos 60 (com entrega parcial do prédio em 1962).
A grandiosidade e linhas sinuosas em forma de "S" mantém-no em posição de destaque até os dias de hoje, 60 anos após sua idealização.


Ei-lo em construção, "como uma onda".


Mais anúncios(1)     (2)     (3)     (4)     (5)





IMAGENS - Velharia: Bicicleta Caloi "Galo"

Esta "magrela" é de 1950. Notar as borrachas fixadas no para-lamas. Na época (e até bem depois) esses "acessórios" eram bem usados (maioria das ruas e estradas sem pavimento).






Centenária, a empresa Caloi é líder do mercado brasileiro de bicicleta e uma das maiores fabricantes do mundo.


Mais bicicleta aqui, aqui e aqui.

IMAGENS - Álbum de Figurinha: "Céu e Terra"

Este é de 1959. É uma viagem fantástica ao espaço infinito e ao Passado da humanidade. Com ele a garotada passeava no Tempo e no Espaço. Muito legal.




















Mais álbum aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

IMAGENS - Cartaz: Seriado "Comando Cody"

Mais um seriado. Era exibido uma vez por semana (em dia fixo, não necessariamente em sessão de matinê) antes do filme começar.
Levava meses para chegar ao final, pois tinha de 10 a 20 episódios. Batman era um dos preferidos.







Em geral os seriados chegavam ao Brasil no decorrer da década de 50, pois eram feitos nos anos 30, 40 e começo de 50. Este, de ficção científica, agradava muito (talvez pelos "fantásticos" efeitos especiais).






O personagem Comando Cody participou de três grandes aventuras (de 1949 a 1952) sempre defendendo a Terra da sanha de alienígenas maldosos (e, também, de terráqueos traidores). O mais importante da série foi "O Marechal do Universo" que teve inúmeros subtítulos como Ponte da Morte, Colinas da Morte, Planeta Inimigo, Batalha na Estratosfera, etc.








Nosso herói usava uma roupa metálica cheia de "tecnologia" e um capacete (que mais parecia um caldeirão com furos). Não se perdia um só lance de suas peripécias. Era muito bom!





Mais seriados  aqui, aqui, aqui, aqui e aqui

VITROLA ANTIGA: "My Way"

Composição francesa de 1967, que Frank Sinatra imortalizou na versão em inglês (no ano seguinte).


Clique na telinha para ouvir essa belíssima música e relembrar Sinatra (e sua famosa "turma" dos anos 50/60)



Mais músicas dos Anos Dourados: (1)     (2)     (3)     (4)     (5)

IMAGENS - Revista: "Corinthians"

Mais sobre o Corinthians, no ano de seu centenário.


1955





1950


Outra revista aqui.

AVISOS - MURAL DE LEMBRETES

  • Próxima atualização: 15.12.10 (Especial de Natal)
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  • Todos têm alguma coisa a recordar dos "velhos tempos"

IMAGENS - Carro: "Corvette"

Carro esportivo da Chevrolet criado em 1953. Teve um início difícil. Não agradou de cara: seu motor era ultrapassado e o câmbio automático muito ruim.


 Corvette 1953



Só dois anos depois a GM conseguiu sanar esses problemas e a triste sina do "carrinho" começou a mudar.  Alguns anos de mais aperfeiçoamento e, em 1960, ele finalmente atingiu  o sucesso (com motor  bastante potente).


Corvette 1964


Muito ajudaram a  manter a imagem suas vitórias em competições esportivas famosas, como a "Le Mans".
Até hoje, graças aos variados modelos, beleza e qualidade, continua a usufruir da fama conquistada décadas atrás (ajudado pelo merchandising na série "Rota 66" que, semanalmente, o mostrava ao mundo todo).



Dê uma olhadinha só pra ver como ele está agora (modelo Corvette Grand Sport-2010)


Mais carros aquiaqui, aqui e aqui.

IMAGENS - Velharia: Enfeite de decoração

Belos enfeites dos anos 40 e 50. Na época eram absolutamente comuns trabalhos artesanais que usavam asas de borboleta (pratos, bandejas, quadros, etc) como esses.
Continuam sendo bonitos. Só que, hoje, não mais inocentes peças decorativas. São objetos politicamente incorretos, além de indicar crime ambiental. Quem nunca teve um em casa quando criança, naqueles tempos?














Veja aqui os cigarrinhos PAN, que fizeram a alegria da garotada e, hoje, são execrados.

IMAGENS - Escola: Boletim Escolar

Nas décadas de 50 e 60 os alunos do 2º ao 4º ano do Grupo Escolar , mensalmente, levavam o boletim para os pais verem. O responsável (geralmente o pai, pois a mãe tinha o coração mais "mole") devia assiná-lo.
Assim mostrava que estava acompanhando a vida escolar do seu rebento (nossa!), inclusive quanto ao comportamento dele nas aulas (desatento, preguiçoso, conversador, briguento e outras "qualidades"). Aí, a coisa pegava! Esse ítem recebia especial atenção dos pais. Nota baixa em comportamento era imperdoável. Exigia um "corretivo", pelo menos verbal (que fazia um grande efeito).


1959



Para uns, esse dia era de alegria e orgulho (mostrar em casa como estava indo bem na Escola e colher os elogios). Já para outros . . .
Alguns professores, ao invés de atribuir nota com numerais, pintavam o espaço nas cores vermelha (ruím), verde (bom) e amarela (+/-). Inexplicavelmente não havia cor para "ótimo" (?).


1957


Além das notas para linguagem, aritmética, conhecimentos gerais (história, geografia, ciências) e outras , também era registrado no boletim o número de faltas dadas.
Esse pequeno pedaço de cartolina, cheio de anotações, está caminhando para a extinção. Em alguns regiões as notas já podem ser consultadas na Internet.


1969



Notar que nos boletins existia uma  coluna para anotação da contribuição à Caixa Escolar, que merece um comentário em capítulo à parte, futuramente.


Mais escola:  (1)     (2)     (3)     (4)     (5)     (6)     (7)