quinta-feira, 30 de setembro de 2010

FATOS - Notícias da Época - Extinto o Parlamentarismo (Em 24 da janeiro de 1963)

PROMULGADO O ATO QUE EXTINGUE O PARLAMENTARISMO


"Ontem o Congresso Nacional proclamou o resultado do plebiscito havido em 6 de janeiro deste ano, que traz de volta o Sistema Presidencialista no Brasil.
Com isso encerra-se um período bastante conturbado, antes e durante o Parlamentarismo (que vigorou por apenas 16 meses e teve três primeiros-ministros!). Foram tempos difíceis porque passou  a Nação.
Tudo começou com a renúncia do Presidente Jânio Quadros, em 25.08.61, que levou o país a mergulhar numa crise político-militar de grande envergadura.
Os ministros militares não aceitavam a posse do Vice-Presidente João Goulart ("Jango") que, por suas conhecidas tendências esquerdizantes, consideravam uma ameaça comunista.
Como solução para o perigoso impasse foi aceita a idéia da posse do Vice mediante mudança do sistema de governo para Parlamentarista (em que o Presidente sofre significativa diminuição em seus poderes constitucionais e governa com um primeiro-ministro indicado pelo Congresso).
Em 02.09.61 a Emenda Constitucional dessa alteração foi aprovada. Dias após, no simbólico 7 de setembro, Jango assume. Imediatamente começa sua  luta diuturna para restabelecer o Presidencialismo. Consegue a antecipação da data do plebiscito para o início deste ano (que a Emenda previa ocorrer só em 1965).
Nessa consulta popular o eleitor deveria marcar "SIM" ou "NÃO" como resposta à pergunta constante da cédula de votação.
Feita a apuração, registrou-se que o "NÃO" (que representava a volta ao Presidencialismo) teve em torno de 80% dos votos (fruto do fortíssimo trabalho de Jango, com o apoio de representativas entidades civis e centrais sindicais).
AGORA, espera-se que a paz institucional volte a reinar para que o Brasil possa trilhar seu caminho de prosperidade, nessa nova fase da vida nacional."




Outras notícias aqui, aqui, aqui e aqui

IMAGENS - Cartaz: filme "Moscou contra 007"

De 1963. Foi o segundo filme da saga do agente britânico James Bond, cujo codinome é "007" (incrível! os dois zeros significam licença para matar!).
Suas aventuras começaram um ano antes com "007 Contra o Satânico Dr. No".




Novamente 007 (com Sean Connery, seu mais carismático intérprete) se defronta com a organização criminosa "SPECTRE", que o atrai para uma armadilha fatal.




Como sempre, o filme traz belas mulheres e uma parafernália de equipamentos que Bond utiliza para se safar dos grandes (e, também, pequenos) perigos. Tornaram-se marca registrada da série. Mais sobre 007 aqui.



Clique na telinha abaixo para ouvir a famosa musica-tema "FROM RUSSIA WITH LOVE", na bela voz do cantor inglês MATT MONRO, falecido aos 55 anos:

FATOS - Parada de Sucessos

Mais sucessos de 1965:

-"Preste Atenção" (Wanderley Cardoso)

-"Menina Linda" (Renato e Seus Blue Caps)

-"Downtown" (Petula Clark)

-"Perfídia" (Trini Lopez)

IMAGENS - Anúncio: Geladeira "Climax"

Alguns produtos continuam sendo lembrados, mesmo muitos anos após deixarem de ser fabricados.
A geladeira Climax é um deles. Eis algumas informações e anúncios para trazê-la de volta (pelo menos na nossa memória):
No início dos anos 50 uma empresa familiar de São Carlos-SP ("Indústrias Pereira Lopes") começou a fabricação de refrigerador, com peças importadas, a que foi dado o nome de "CLIMAX".


Anúncio de 1959:


Essa marca logo tornou-se líder do mercado, na disputa com as estrangeiras. Poucos anos depois seus componentes passaram a ser totalmente nacionais.


Anúncio de 1957:


Alguns modelos dessa geladeira:  CLIMAX (sem especificação)-ESTRELA DE PRATA-MEDALHA DE OURO-PRESIDENTE-VITÓRIA.
Na década de 90 a histórica marca deixou de existir, bem como sua fabricante pioneira.


Anúncio dos anos 60:


Mais anúncios aqui e aqui.

FATOS - Moda: Roupa Feminina

Mais alguns modelitos dos anos 60, que podem servir de inspiração.


IMAGENS - Disco: Bobby Vinton

Cantor americano cujas canções românticas (numa época de "Rock and Roll") embalaram muitos namoros nos anos 60 (aqui e lá fora).
Entre seus sucessos sobressaem "Roses Are Red", "Mr. Lonely" e "There! I've Said It Again".
Mas o destaque maior é, sem dúvida alguma, a belíssima "BLUE VELVET", que frequentou nossas paradas de sucesso de 1963. Essa música foi tão marcante que, nos anos 80, foi título e tema musical de filme (para nós,"VELUDO AZUL").











Clique na telinha para ouvi-la, na voz de Bobby:

IMAGENS - Velharia: Almanaque do Biotonico

Dos "Laboratórios Fontoura", foi importante instrumento de propaganda e prestação de serviço,  que levava um  pouco de leitura aos brasileiros, principalmente, dos lugares mais recônditos do interior do país.
Teve seu auge nos anos 50 e 60, embora tenha sido criado bem antes (anos 20) e continuado até bem depois (início dos anos 80).



Trazia, entre outras matérias, informações úteis (ex: fases da lua), conhecimento (ex: biografias, descobertas),  lazer (ex: curiosidades, piadas, horóscopo), práticas do lar (ex: culinária, "simpatias", "dicas") e técnicas básicas de lavoura (ex: época de plantio, cuidados especiais).

(este é de 1956):


A estratégia de atrair os leitores, potenciais consumidores, transformou o Biotônico em campeão de vendas, por décadas.




Tudo começou em 1920 com o enorme sucesso do livreto "Jeca Tatuzinho" (veja matéria aqui). Pouco depois surgia o Almanaque Biotonico, também distribuído de graça (brinde) nas farmácias de todos os cantos do país.






Como tantas outras coisas que foram importantes no Passado, hoje os almanaques desse tipo não encontram mais lugar no dia-a-dia das pessoas. O tempo de "encantamento" (e, porque não, de necessidade) já passou. E eles ficam apenas na lembrança.

Mais almanaques aqui, aqui e aqui.

IMAGENS - Velharia: Produtos americanos dos Anos Dourados

Só pra saber o que os Estados Unidos "consumiam" naqueles tempos e que, anos mais tarde, acabava  chegando por aqui (ainda bem!).

Gravadores "top de linha" de 1954 e 1956:

 
 



AVISOS - MURAL DE LEMBRETES

  • Próxima atualização: 15.10.10
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FATOS - Programa de TV: Luta Livre

Nos anos 60 uma "febre" televisiva percorria o país: assistir semanalmente grandalhões (e nem tanto) distribuindo pancadas a torto e a direito, com vôos e saltos espetaculares dignos de Batman. Era um show de divertida e simplória coreografia.




O carro-chefe foi o programa "Os Reis do Ringue", que estreou na TV Excelsior em 1966.
Mas existiram outros, como "Telecatch Montilla", "Campeões do Treze", "Telecatch Vulcan" e "Astros do Ringue".
Os telespectadores mais ingênuos, que formavam uma enorme legião, acreditavam piamente que as lutas eram pra valer! Enquanto os outros se divertiam e torciam normalmente, esses ficavam genuinamente revoltados com as "maldades" (golpes baixos) que os feiosos "maus" faziam contra os "bonzinhos" (geralmente simpáticos e bem-apessoados). E o pior: o juiz, "vendido" fingia nada ver. Mas era só uma questão de tempo. Decorridos alguns minutos de "massacre", chegava a hora do êxtase quando o herói (todo "arrebentado") reagia e dava uma "surra" memorável no lutador "sujo". Era o máximo (acreditasse ou não)! Uma alegria total! O Bem vencia (quase) sempre o Mal! (mesmo que fosse só numa farsa gostosa e pura).




Antes do embate começar, os lutadores (alguns fantasiados) eram pomposamente chamados ao ringue pelo mestre de cerimônia. Passavam por um corredor no meio do público. Enquanto o "bonzinho" era aplaudido e recebia carinhos, o vilão recebia sonora vaia e levava, de quebra, alguns sopapos dos mais entusiasmados.




Ah! Não se pode esquecer da "Australiana" (a última atração, aguardadíssima, de cada programa), que era luta de dupla contra dupla. Aí o pau comia em dobro!
Alguns personagens que faziam o inocente mundo do "telecatch": VERDUGO, FANTOMAS, AQUILES, MONGOL, ÍNDIO PARAGUAIO, CIGANO, MÚMIA e TED BOY MARINO (o astro maior. Um dos grandes responsáveis pelo sucesso do gênero no Brasil. Adorado por crianças e adultos, sua presença no ringue era garantia de enorme audiência). Abaixo, ele pronto para começar mais uma pancadaria. CLIQUE AQUI para relembrar esse ícone da luta livre assistindo a uma de suas "violentas" lutas.



Veja aqui outro programa de TV

IMAGENS - Escola: Livro "Meninice"

Para lembrança de muitos que usaram este livro escolar no "curso primário".
O autor pertenceu a uma família de educadores. Esta obra foi utilizada nos Grupos Escolares dos anos 40 e 50.










Outros livros escolares:  (01)   -   (02)   -   (03)   -   (04)

IMAGENS - Velharia: Maço de Cigarro - VI

Mais maços (carteiras) de cigarro dos anos 50. Sem recriminação para esse tipo de coleção. É de um tempo em que fumar era ato social bem aceito e considerado um hábito elegante (para os homens, porque para as mulheres isso não era de bom-tom. Sorte delas).







IMAGENS - Álbum de Figurinha: "Cine-Bala"

Em 1928 uma fábrica de balas teve a idéia de promover seu produto com o lançamento de figurinhas (com premiação para os ábuns completos). Surgia, então, o álbum "Novo Mundo".
Nos anos 30 outra fábrica usa essa estratégia e lança a sua figurinha, com o nome "A Hollandeza".
No seu rastro aparecem outras promoções do tipo, com destaque para a "Balas Atlas". Na década seguinte mais álbuns de bala circularam até que, nos anos 50, surge o histórico álbum das "Balas Instrutivas Ruth". Esse é um rápido retrospecto das figurinhas de doce.
Abaixo, fotos do álbum "CINE-BALA" , de 1947, com "cromos" de artistas do cinema americano. 










Mais sobre figurinhas aqui, aqui e aqui.

IMAGENS - Gibi: "ANTAR"

Foi um gibi de grande aceitação, nos primeiros anos de publicação. Era uma novidade: filmes de cinema quadrinizados de Tarzan e outros heróis da selva (como Jim das Selvas, também muito popular pois tinha série na televisão).
Geralmente, nas capas apareciam os astros que encarnavam os cultuados personagens das florestas, tais como: JOHNNY WEISSMULLER, LEX BARKER e GORDON SCOTT.


 Gibi de 1961 - Johnny Weissmuller:


Com o passar do tempo a gurizada foi percebendo o surgimento de alguns detalhes que desagradavam: a qualidade das fotos (dos filmes) e o papel foram ficando ruins. Cenas mais escuras saiam péssimas. Volta e meia a editora trocava e capa e repetia histórias já publicadas anteriormente (na época não existia o Procom).

Gibi de 1962 - Gordon Scott:


Antar existiu de 1960 até 1966, quando a editora (que era mexicana e usava a gráfica da histórica "RGE" para imprimir seus produtos) saiu do Brasil. Além desse gibi, ela também publicava outros títulos: Colt 45, Foto West, Superaventuras, Lei do Oeste, Foto Star, Foto Heroismo e Extra Aventuras.


Gibi de 1962 - Lex Barker:





IMAGENS - Carro: "Romi-Isetta""

No início dos anos 50 nascia na Itália um diminuto e esquisito carro. Tinha a forma de um ovo, motor de motocicleta e (que coisa!) uma só porta (e, ainda, frontal!).
Foi produzido pela empresa italiana "ISO" e, por iso (he he he) tinha o nome de "ISETTA". Não deixava de ser uma moto, com proteção contra a chuva. No começo tinha três rodas, com uma trazeira só (que logo foi mudado para duas, por problema de estabilidade).




Foi uma tremenda novidade, mas não agradou. Lá deixou de ser fabricado em 1956, ao mesmo tempo em que começou a ser feito no Brasil, por "Indústrias Romi" (daí o nome "Romi-Isetta", é claro), de Santa Bárbara d' Oeste-SP.

Propaganda de 1956:



Durou apenas 5 anos, com 3.000 unidades feitas. Seus atrativos não eram para aqueles tempos: baixíssimo consumo de combustível (fazia 25 km por litro!) e bastante compacto (pouco mais de 2 m de comprimento e menos de 1,50 m de largura). Enquanto isso os automóveis da época (como os americanos) eram fortes, grandes e confortáveis.




Gasolina pouco valia e  espaço para estacionar era abundande em qualquer lugar. Além disso, seu preço era alto, por não receber incentivo governamental como os outros carros de passeio.
Não é considerado o 1º automóvel fabricado no Brasil porque não tinha os mínimos exigidos: 2 portas e capacidade para 4 ocupantes. Oficialmente esse título ficou com o "DKW-VEMAG", lançado dois meses após. Mas ... que foi o primeiro, foi!!!
Algum dia será que veremos o retorno desse carrinho (movido a eletricidade)? Os tempos mudaram (e muito).

Propaganda dos anos 50: (casal EVA VILMA E JOHN HERBERT)


Propagandas de 1957:


VITROLA ANTIGA - "Only You"

"ONLY YOU" - The Platters - 1957:

Mais músicas aqui, aqui, aqui e aqui.

IMAGENS - Revista: "7 Dias na TV"

Foi a pioneira (início dos anos 50) das revistas especializadas em assuntos de televisão (artistas, atrações e programação).
Nos anos 60 ganhou uma concorrente de peso: a revista "Intervalo"
"7 Dias Na TV"  resistiu até 1967, quando parou de ser publicada. "Intervalo" ainda continuou por vários anos.
A artista da capa abaixo, de 1965, é Georgia Gomide, na época fazendo a novela "Tereza", na TV TUPI. Ela continua firme por aí.


Nesta outra capa, de 1966, quem aparece é a diva do teatro Cacilda Becker, que faleceu em 1969, aos 48 anos.




Para se ter uma idéia do que mostrava essa revista, além de reportagens sobre os astros da TV:


IMAGENS - Gibi: "Nancy"

Gibi americano. A estrela era Nancy, uma  menininha gordinha, precoce e de cabelos esquisitos, que começou em tiras de jornais dos anos 30 e passou, depois, também  aos "comics".

Gibi americano de 1954:


Tira de 1960:


No Brasil ela era chamada de "XUXUQUINHA" e, junto com sua turminha, fez sucesso nos primeiros anos da década de 60.

Gibi brasileiro de 1963:


IMAGENS - Brinquedo de lata

Outra maravilha antiga, que certamente foi um grande divertimento para algum garoto dos anos 40 ( e até depois). Veja mais aqui.





FATOS - Cinema Brasileiro

Mais lançamentos de 1961:

-"O Dono da Bola" = Comédia com: Ronald Golias, Norma Blum e Costinha

-"Quanto Mais Samba, Melhor" = Comédia com: Cyll Farney, Vagareza e Maria Petar

-"Esse Rio Que Eu Amo" = Drama com: Jardel Filho, Tônia Carrero e Odete Lara

-"Virou Bagunça" = Musical com: Trio Irakitam, Zezé Macedo e Nádia Maria

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

AVISOS - MURAL DE LEMBRETES

-Próxima atualização: 30.09.10

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FATOS - Diversos: "Cacareco para Vereador"

Em 1958 um rinoceronte (que diziam ser, na verdade, uma fêmea) foi emprestado pelo zoo do R. de Janeiro para inauguração do Jardim Zoológio de São Paulo, no início desse ano.
O evento passou e nada do animal (chamado de "Cacareco") ser devolvido. Isso criou um atrito, que passou a ser noticiado pelos jornais e rádios, tornando o Cacareco muito conhecido e até popular.
No ano seguinte (outubro de 1959) foi realizada campanha para a Câmara de Vereadores da Capital de S. Paulo. E o Cacareco continuava sendo notícia pela sua não devolução.
Aí aconteceu o inusitado: um dos maiores casos de voto nulo em massa numa eleição! O animal, vejam só, se transformou em símbolo de protesto!
Para uns, isso ocorreu pela revolta dos moradores do, então, bairro de Osasco que não conseguiram sua emancipação do município de São Paulo (que só veio a ocorrer em 1962).
Para outros, foi resultado de uma brincadeira de jornalista famoso insatisfeito com o baixo nível dos candidatos à vereança.
Independentemente da origem, a "candidatura" de Cacareco (fazendo pose na foto abaixo) foi se disseminando por todos os cantos da cidade.






A votação que o rinoceronte teve surpreendeu o país todo (repercutiu até no exterior). Foi uma avalanche de votos anulados, que chegaram a 100 mil, suficientes para eleger diversos vereadores!
Três dias antes do pleito Cacareco foi discretamente "deportado" para o estado de origem. Mas já era tarde demais!
O famoso animal virou marchinha de carnaval no ano seguinte e sua candidatura fez escola até os dias de hoje.
Quem ganhou com essa história toda foi o Zoológio, que recebeu muita gente para ver o "candidato".



E, agora, advinhe qual foi uma das "marchinhas" mais tocadas no carnaval de 1960! Foi sobre o nosso amigo, é claro: "Cacareco é o maior". Clique na telinha para recordar/conhecer.



Veja outros acontecimentos importantes aqui e aqui.