quarta-feira, 15 de setembro de 2010

FATOS - Diversos: "Cacareco para Vereador"

Em 1958 um rinoceronte (que diziam ser, na verdade, uma fêmea) foi emprestado pelo zoo do R. de Janeiro para inauguração do Jardim Zoológio de São Paulo, no início desse ano.
O evento passou e nada do animal (chamado de "Cacareco") ser devolvido. Isso criou um atrito, que passou a ser noticiado pelos jornais e rádios, tornando o Cacareco muito conhecido e até popular.
No ano seguinte (outubro de 1959) foi realizada campanha para a Câmara de Vereadores da Capital de S. Paulo. E o Cacareco continuava sendo notícia pela sua não devolução.
Aí aconteceu o inusitado: um dos maiores casos de voto nulo em massa numa eleição! O animal, vejam só, se transformou em símbolo de protesto!
Para uns, isso ocorreu pela revolta dos moradores do, então, bairro de Osasco que não conseguiram sua emancipação do município de São Paulo (que só veio a ocorrer em 1962).
Para outros, foi resultado de uma brincadeira de jornalista famoso insatisfeito com o baixo nível dos candidatos à vereança.
Independentemente da origem, a "candidatura" de Cacareco (fazendo pose na foto abaixo) foi se disseminando por todos os cantos da cidade.






A votação que o rinoceronte teve surpreendeu o país todo (repercutiu até no exterior). Foi uma avalanche de votos anulados, que chegaram a 100 mil, suficientes para eleger diversos vereadores!
Três dias antes do pleito Cacareco foi discretamente "deportado" para o estado de origem. Mas já era tarde demais!
O famoso animal virou marchinha de carnaval no ano seguinte e sua candidatura fez escola até os dias de hoje.
Quem ganhou com essa história toda foi o Zoológio, que recebeu muita gente para ver o "candidato".



E, agora, advinhe qual foi uma das "marchinhas" mais tocadas no carnaval de 1960! Foi sobre o nosso amigo, é claro: "Cacareco é o maior". Clique na telinha para recordar/conhecer.



Veja outros acontecimentos importantes aqui e aqui.

Um comentário:

arte&textura disse...

E até virou gibi,Cacareco e a sua turma, se não me engano em 1964. Eu tinha um exemplar.