Nos tempos do "Grupo Escolar" os cadernos eram um capítulo à parte na rotina dos alunos.
Eram do tipo brochura (só no Ginásio era usado o caderno espiral).
Exigia-se um zelo muito grande na guarda e manuseio deles. Isso tinha sua razão: despertar na criançada o senso de limpeza, de capricho, de cuidado , de conservação, etc.
Uma dobrinha (a terrível "orelha") na ponta das folhas recebia censura do mestre, pois indicava desleixo (que rigor, não ?). Enfim, aprendia-se a dar valor às pequenas coisas.
Eram encapados com papel impermeável e etiquetados. As cores variavam conforme o "ano" em que o aluno estava (1º, 2º, 3º e 4º). Tinha verde, vermelho, amarelho, azul, e outras cores).
Existiam diversos cadernos, de acordo com sua utilização: de linguagem, de desenho, de tarefa, de ocupação, de pontos (textos das matérias) e outros. Isso dependendia de cada professor.
O de "ocupação" era, de longe, o mais usado. Nele eram feitos os exercícios e problemas de aritmética, redação, descrição "à vista de uma gravura", cópias da lousa, etc.
Alguns, como o de caligrafia e desenho, ficavam guardados nos armários da classe. Quando havia atividade dessas áreas eles eram distribuídos e recolhidos no término.
No final do ano eram levados para casa (sempre novinhos e limpinhos, embora quase cheios).
Abaixo, cadernos dos anos 50 e 60.